O QUÊ?
Dezoito pessoas foram assassinadas e sete ficaram feridas durante um tiroteio nos municípios de Osasco e Barueri, na Grande São Paulo.
QUANDO?
Os assassinatos ocorreram na noite do dia 13 de agosto de 2015, em um intervalo de três horas.
COMO?
Três grupos de aproximadamente dez pessoas, usando carros e moto, atiraram contra as vítimas em dez pontos das duas cidades, em um raio de aproximadamente 7 km. Segundo sobreviventes, em um dos pontos -um bar na cidade de Osasco-, os atiradores chegaram encapuzados e antes de atirarem pediram para as vítimas se enfileirarem e responderem se tinham ou não passagem pela polícia.
POR QUÊ?
A principal suspeita, segundo a Secretaria de Segurança Pública, é de que a chacina tenha ocorrido como forma de retaliação à morte de um policial militar no dia 7 de agosto em um posto de gasolina em Osasco e à morte de um guarda civil, no dia 12 de agosto, em Barueri. Além disso, não foi descartada a hipótese de envolvimento de grupos de crime organizado na chacina.
COMO ASSIM?
Para os investigadores é possível que as balas tenham sido disparadas por policiais, como forma de "vingança" pelo assassinato do policial militar e do guarda civil, tempo antes da chacina. Uma das provas que confirmam essa hipótese, são os projéteis achados nos locais do crime, que são em sua maioria, projéteis de armas que só podem ser usadas por instituições de segurança (polícias) ou com autorização do Exército Brasileiro. A possibilidade de envolvimento de grupos de crime organizado não foi descartada, de acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), por também terem sido encontradas nos locais de tiroteio, cápsulas de balas raríssimas entre policiais.
E AÍ?
Uma força-tarefa foi formada para investigar o caso, que segue sem presos. A Corregedoria da Polícia Militar (órgão responsável por fiscalizar a própria PM) chamou 32 policiais que trabalharam na noite da chacina para serem interrogados.
O QUE É E POR QUEM É FORMADA A FORÇA-TAREFA?
Uma força-tarefa é a junção de diferentes unidades militares a fim de trabalhar em uma operação. Nesse caso, a força-tarefa é formada por 50 policiais civis, estando entre eles peritos e legistas, os promotores Marco Antonio de Souza, Vitor Petri e Helena Bonilha, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gecep), além do acompanhamento do Ministério Público e da Corregedoria da Polícia Militar.
É INTERESSANTE SABER:
-Foi a maior chacina registrada no ano;
-No começo da investigação, eram contadas 19 mortes, sendo uma delas na cidade de Itapevi. A polícia já descartou que o ocorrido em Itapevi tenha relação com o episódio em Osasco e Barueri;
-Poucas horas depois que o policial militar Avenilson de Oliveira foi morto em um posto de gasolina, cinco mortes foram registradas em um intervalo de seis horas na cidade de Osasco. Para o secretário de Segurança Pública, esses assassinatos não tem relação com as mortes da semana seguinte. Por outro lado, o ouvidor da Polícia, Julio Cesar Fernandes Neves, pede que a força-tarefa analise essas mortes não de forma isolada, mas sim relacionando-as com a chacina.
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